sexta-feira, dezembro 02, 2005

Rótulos

Costumamos rotular o tempo todo. Todos sabem disso: seja lá qual for o assunto, rotulamos. Gremista ou colorado, bonito ou feio, heterossexual ou homossexual, inteligente ou burro, roqueiro ou funkeiro ou quem sabe pagodeiro... Claro que não são apenas rótulos: às vezes são caraterísticas da pessoa, mas apenas uma dentre muitas. Esses rótulos carregam uma série de julgamentos preconceituosos consigo e impedem às vezes que vejamos as pessoas de uma forma mais “limpa”. Embora sejam úteis às vezes (sinalização em economês), no exagero são nocivos.

Na economia, há muitos rótulos. Você pode ser ortodoxo ou heterodoxo. Mas se você for ortodoxo, você pode ser monetarista, novo-clássico ou novo-keynesiano. Sem contar os neo-institucionalistas. Mas cuidado, existem os heterodoxos. Mais fácil será discutir com um pós-keynesiano do que com um marxista. Neo-ricardianos e cepalinos estão em extinção. Mas há outras correntes correndo por fora como os neo-schumpeterianos evolucionistas, estruturalistas, regulacionistas, institucionalistas (os outros). Putz, esqueci os austríacos, mais próximos da ortodoxia, embora diferentes, pois são austríacos.

E quando você observa que, entre os novos-keynesianos, tem um certo sr. Mankiw defendendo metas de crescimento e um certo sr. Bernanke, defensor de metas de inflação no Fed, você vê que é tudo apenas rótulo mesmo.

[Revolta com essa discussão enjoada em que mais se rotula do que se discute seriamente.]

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

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5:04 AM  

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